Conforme o laboratório NANO evolui, seus projetos e trabalhos seguem a mesma linha, a cada momento observamos um novo olhar em cima do que é realizado, e isso se expressa através de uma mudança de forma, ou até mesmo de conceito e função. Com o Hiperbot aconteceu o mesmo: estamos no meio de um processo de redesign buscando uma forma mais limpa, orgânica e funcional, de modo que pudesse ser feito com fabricação digital em uma impressora 3D, para que isso também facilitasse o seu transporte.
As primeiras alternativas para o Hiperbot consistiram em aproveitar a ideia de se ter uma cápsula, ou um formato que pudesse transmitir uma ideia de modularidade, porém com uma inspiração na estética vista em muitos filmes Sci-Fi.
Ovos de inseto foram umas das inspirações para o começo do redesign. Fonte: hypescience.com
Rascunhos iniciais. Fonte: Acervo pessoal (2016)
Porém, apesar da forma se mostrar interessante, ainda havia muita informação visual que poderia ser simplificada e modernizada. Foi pensado em sua textura ser aplicada e inspirada em uma espécie de diagrama de Voronoi, porém o seu uso teria que ser feito de uma maneira mais orgânica , visto que este design se tornou tão comum que já não demonstra tanto grau de novidade, tornando-se um clichê do design e da arquitetura.
Segunda alternativa. Fonte: Acervo pessoal (2016)
A segunda opção e alternativa escolhida foi baseada em uma forma mais limpa e que remetesse mais às formas naturais, trazendo em si semelhanças com o germinamento de sementes. Nesta opção as texturas propostas estariam em seu interior faceando o elipsóide, o que geraria um efeito interessante através da iluminação dos leds em seu interior. Em seu caule, está sendo pensado sobre a possibilidade de ser iluminado, criando assim várias silhuetas de fios, como se fossem os vasos condutores de seiva de uma planta de grande porte. Este modelo está sendo planejado para que seja leve, com encaixes fáceis e com a possibilidade de ter anexos em seu caule para aumentar a sua altura, de acordo com a demanda.
Após isso, a modelagem 3D foi iniciada e alguns testes de impressão foram feitos, o primeiro teste foi um modelo em escala reduzida de 1:6 para se ter uma ideia da forma, e o segundo teste com feito em escala 1:2, com duração de 55 minutos, espessura do filamento de 0,20 mm, temperatura de extrusora de 110º e mesa com 220º C. O modelo foi impresso sem a sua tampa, pois facilitaria o processo de impressão e melhoraria a qualidade, visto que a peça sendo feita inteiriça, a parte superior, por não ter suporte, acabaria tendo uma má qualidade de impressão, com fios soltos e rebarbas.
Segundo teste de impressão. Fonte: Acervo pessoal (2016).
Em seguida, foi notado que a peça possuía pouca estabilidade em um plano como uma mesa, ou o chão, então o modelo foi colocado na terra para saber se ele se manteria estável, visto que o Hiperbot é para ser fincado em solos deste tipo. O resultado foi positivo, possibilitando continuar com esta ideia da forma sinuosa, porém a peça final precisa ter um acabamento especial para que a terra não se acumule nas camadas impressas do plástico.
Fonte: Acervo pessoal (2016).
Render e esquema provisório de divisão da peça. Fonte: Acervo pessoal (2016)
Por fim, estamos na fase de resolução de problemas como definir encaixes e acomodação de elementos eletrônicos na estrutura, que terão o seu processo documentado e atualizado no blog.
[…] Thais Guerra | postado em: Blog, fotos, Processos | 0 Este post é a segunda parte do Hiperbot 2.0 – Redesign Hiperbot 2.0 é o redesign de sua primeira versão que foi elaborada em 2013, e agora em 2016 […]
[…] Guerra 31/10/2016 Este post é a segunda parte do Hiperbot 2.0 – Redesign Hiperbot 2.0 é o redesign de sua primeira versão que foi elaborada em 2013, e agora em 2016 […]