Quem é Charlotte?
Charlotte é uma Jibóia, uma plantinha trepadeira também conhecida como hera-do-diabo (Epipremnum pinnatum) e que quando bem cuidada, pode virar uma plantona! Ela chegou no NANO em abril, graças a nossa ex-nanoide Luael e eu tenho dado uma atenção especial pra ela desde então.
Charlotte: Jiboia do NANO
Crescimento da plantinha
A partir do momento em que eu decidi trabalhar com plantas e montar um terrário, eu venho estudando e pesquisando sobre quais seriam as melhores condições pra elas dentro de um laboratório fechado no Rio de Janeiro e percebi que a Jibóia é uma das plantas mais adaptáveis para esse ambiente – ela é tropical; gosta de calor, água e umidade, prefere não receber nem muita luz direta e nem ventos fortes, ou seja: perfeita pra nós 🙂 Com isso, percebi que o controle da rega dela aqui dentro não era muito bom (eu mesma não sabia se só eu regava, se eu regava mais de uma vez no dia ou se ela estava a um tempo precisando de água) por isso, resolvi fazer um controle de rega: com dia, hora e quem regou. Assim saberíamos exatamente a última vez que ela foi regada e tudo se facilitaria para ela crescer forte e saudável.
O primeiro controle de rega foi feito em julho/23 e funciona desde então, até agora ela não ficou seca e nem amarelou com muita água. Ela cresceu tão bem que precisei trocar o seu vaso para um maior, e assim, hoje atualizei a tabela de controle. Confesso que estou me apegando a ela e estou muito feliz em ver como ela cresceu, faço retratos da plantinha desde o dia em que chegou e a evolução é linda de ver!
Ilustrações digitais representando o crescimento da Charlotte
Monitoramento
Como eu disse antes, a Charlotte é apenas um pontapé inicial para a proposta de um terrário monitorado, com outras espécies de plantas, insetos e microorganismos, formando um pequeno e grande sistema dentro do nosso espaço. Em agosto/23, eu e o Nycolas (nanoide bolsista) instalamos um sensor de umidade do solo nela e em um arduíno, codificamos e começamos um dos monitoramentos.
Descobrimos que o sensor mede algo chamado de Resistividade do Solo, que basicamente é o quanto de energia tem naquela terra (quanto mais água mais energia).
Código e diagrama do Arduíno
Diagrama de montagem do sensor de umidade no arduíno
Como explicado lá em cima, estamos usando o sensor de umidade ligado diretamente no Arduíno, e então ele é enterrado no solo da Charlotte para coletar os seus dados. O nosso código atual utiliza a porta A0 para o recebimento de sinal desse sensor, e esse valor de umidade foi observado experimentalmente para ter valores aceitáveis de 500, com valores altos sendo > ~700: O código mostra números entre 0-950, onde 0-300 = solo seco, 300-700 = solo úmido e 700-950 = água. Como ela é uma planta que precisa de muita umidade, entendemos então que, o solo da Charlotte precisaria ficar na maioria do tempo entre 500-700. Para o futuro, também estamos com planos de implementar outros periféricos no protótipo, como sensores de temperatura e displays.
Código do arduíno
Resultado da umidade do solo
Atualmente a próxima meta é podermos visualizar os dados facilmente os conectando no servidor do NANO, mas isso é assunto pra outro post…
Valeu pela atenção e um beijo pra vocês <3
Sarah e Nycolas