Mediação: Guto Nóbrega
A pratica artística de base tecnológica como método de investigação científica.
Tendo por base o projecto de investigação que lidera – ENGENHO E ARTE/SKILLED ART – Interfaces e Estratégias para Redes de Conhecimento Transdisciplinar – Luis Miguel Girão irá apresentar a sua perspectiva acerca da pratica artística como verdadeira pratica experimental conducente a criação conhecimento científico. Esta visão engloba uma ideia geral para uma proposta artística contemporânea que não seja meramente crítica, com aconteceu no passados século XX, mas sim propositiva: arte que apresenta soluções e não somente críticas e novas problemáticas.
ENGENHO e ARTE é um projecto de investigação e desenvolvimento de interfaces e estratégias associadas para a criação e manutenção de comunidades de conhecimento transdisciplinar. Um consórcio da Artshare, PT, Universidade do Porto, PT, Universidade de Aveiro, PT e Planetary Collegium, UK. É um projecto EUREKA, cofinanciado pelo QREN.
Luis Miguel Girão é um artista transdisciplinar e investigador na aplicação da tecnologia como ferramenta para a expressão artística, actualmente centrado no bioelectromagnetismo. Em 2007 foi premiado com a Bolsa Ernesto de Sousa. Com Gehlhaar e Paulo Maria Rodrigues, criou o UnoDuoTrio ensemble e desenvolveu o projecto CyberLieder. Fundou a Artshare, uma empresa de investigação art tech e que colabora com diversos artistas e instituições como a Casa da Música – Porto, iDAT – Plymouth(UK) e a Companhia de Música Teatral – Lisboa. Foi curador assistente e director técnico do Laboratório de Arte Electrónica na Bienal Internacional de Cerveira e colaborou com a Academia das Artes Digitais do Programa Aveiro Digital. Colaborou com diversos artistas e o seu trabalho foi apresentado em países como EUA, Canada, Alemanha, Dinamarca e China. É doutorando investigador no Planetary Collegium; bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e do CESEM, Universidade Nova de Lisboa.
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Instantes de Metamorfose
Clarissa Ribeiro irá apresentar alguns aspectos da metodologia que vem estruturando como parte de sua pesquisa de PhD abrindo espaço para a discussão no âmbito dos processos criativos coletivos de obras de arte digital interativas a partir de uma perspectiva sistêmica, focalizando as relações entre os elementos do sistema, as influências externas, os trabalhos produzidos como emergências em um continuum, um complexo com características adaptativas. A pesquisadora apresenta ainda o trabalho que vem desenvolvendo com o coletivo O Duplo e as interfaces dessa prática com seus interesses de pesquisa.
Clarissa Ribeiro é doutoranda em Artes Visuais pela ECA/USP, integrando o Grupo Poéticas Digitais coordenado por seu orientador Professor Gilbertto Prado. Com bolsa do programa PDEE da CAPES, foi pesquisadora visitante do CAiiA-Hub, Planetary Collegium, vinculada à Universidade de Plymouth, Reino Unido, sob orientação do professor Roy Acott. No mestrado pela EESC/USP foi pesquisadora integrante do grupo Nomads vinculada à linha de pesquisa Processos de Design. Diretora do coletivo O Duplo, seus interesses de pesquisa incluem processos contemporâneos de design e os estudo das trans-ações em instalações de arte digital interativas a partir de uma moldura epistemológica das ciências da complexidade. É professora e coordenadora da graduação em Design de Interiores da FAAL em Limeira, São Paulo.