Escolha de plantas – Projeto Telebiosfera

Após o levantamento de dados sobre os aspectos que envolvem a montagem do terrário para o projeto Telebiosfera iniciamos a pesquisa de plantas. Três espécies foram consideradas como possíveis candidatas para o projeto, estas são: Jibóia, Dormideira e Planta Carnívora. Com isso em mente, iniciamos uma nova pesquisa sobre tais plantas, buscando levantar informações úteis para decisão final. A seguir são apresentados os dados coletados.

1.Jibóia (Epipremnum pinnatum):

Uma espécie nativa da Oceania, a Jibóia é uma planta que sobrevive bem em diversos climas, mas prioritariamente em ambientes de clima quente e úmido. Se adapta bem à diversas condições de luminosidade , como luz difusa, meia sombra ou sol pleno. É uma espécie que necessita de regas periódicas, e substrato rico em matéria orgânica. Pode atingir mais de 12 metros de altura e é intolerante à geadas e frio intenso.

2.Mimosa Pudica:

Popularmente conhecida como dormideira trata-se de uma planta sensível ao toque ou ao calor. Quando exposta a algum tipo de estímulo a dormideira junta suas folhas. Prefere climas úmidos e requer muita exposição à luz, em média seis horas diárias, sendo que a luz não deve ser direta.  Necessita de estar em locais arejados, no entanto é sensível ao clima frio. Precisa de irrigações abundantes no período floral. Cresce bem em contato com solos férteis.

3.Dionéia (Dionaea muscipula / planta carnívora):

A Dionéia, ou planta carnívora, é uma espécie um tanto frágil. Necessita de solo ácido, e de muita umidade para sobreviver. Não deve ser plantada em terra, o solo indicado para o cultivo é um composto de musgos e areia, e deve estar constantemente úmido.  Requer longos períodos de luminosidade, sob sol pleno ou meia sombra. A luz solar pode ser substituída por uma lâmpada de 15w. Não precisa ser adubada, pois este pode facilmente intoxicá-la. A planta não depende da caça para sobreviver, mas se caçar, os resíduos remanescentes devem ser retirados das armadilhas. Não deve ser alimentada com pedacinhos de carne ou insetos mortos.
No inverno as Dionéias entram em período de dormência e devem ser colocadas em local bem fresco (com temperaturas entre 4 a 12ºC), até mesmo em geladeira, desde que resguardadas de ressecamento. São capazes de sobreviver sem esse cuidado, mas terão sua longevidade comprometida. No início da primavera, devem ser colocadas novamente no terrário ou sob o sol, é neste período que elas emitem as hastes florais. No entanto,  a floração pode acabar matando a planta, pois exige muita energia por parte do vegetal.

A água das regas deve ser livre de sais minerais ou cloro, sendo preferível regá-la com água da chuva, ou com água destilada. As Dionéias toleram encharcamentos, mas jamais períodos secos. Não é aconselhável induzir a planta a fechar as armadilhas sem necessidade, pois o movimento realizado consome muita energia.


A seleção do espécime a ser utilizado será realizada com base nas informações coletadas, assim como em considerações sobre os aspectos estéticos de cada planta, e como estes podem contribuir para a imagem do terrário e consequentemente do projeto. Iniciaremos a etapa de testes no laboratório adaptando um sistema de iluminação controlada. Assim poderemos observar como cada planta considerada se comporta com determinada intensidade luminosa e em determinado ambiente. A partir de tal experimento poderemos iniciar a construção do terrário.

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