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Aspira-se o ar precioso que preencha o vazio e acalme o íntimo. Mas é o residual que faz morada, persistente e obstinado. Quantos suspiros cabem em um alívio? O vislumbre de uma fração, ao menos uma fração, da imensidão íntima seria tão arrebatador que talvez seja mais prudente que ela permaneça inconcebível, impresentificável. Assim, nosso exercício vital será sempre o da aproximação. Inspirar, prender a respiração durante um breve intervalo, expirar. E se aproximar, experimentando o doloroso prazer de jamais chegar ao ponto de contemplação. Até que a mente não mais possa recorrer aos rodeios do pensamento e, finalmente, se renda, inebriada pelo franco fluxo de insensatez que emana dos pulmões. Propõe-se para o OpenLab o desenvolvimento de um sistema com projeções de vídeo e som que suscite nos participantes a percepção corporal de sua própria respiração.